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PAULO LEME FILHO CONTA COMO VENCEU O MAIOR DRAMA DE SUA VIDA

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Na terça-feira (31), o advogado Paulo Leme Filho visitará Araçatuba para lançar seu novo livro “Vai Valer a Pena”, com foco na dependência química, na Livraria Mania Filmes. Trata-se de uma parceria com o jornalista Fábio Piperno, que aborda as diversas etapas de um problema que afetou a sua vida e a dos familiares.

O advogado está em abstinência há mais de 21 anos e resolveu expor a situação às pessoas no primeiro livro, “A doença do alcoolismo”, escrito em parceria com o pai, Paulo de Abreu Leme, abstêmio há 30 anos. Ambos mostram aspectos da doença do alcoolismo e da dependência, além da experiência vivida.

O novo livro, segundo Paulo Leme Filho, é uma narrativa que procura mostrar à sociedade que é possível dar a volta por cima quando se tem apoio.

De forma direta, a obra aborda a perda do emprego à quase expulsão da faculdade e a retomada da vida, com apoio da mãe, Alzira, que o ajudou a concluir o curso de Direito na USP e a iniciar uma carreira de sucesso.

O livro mostra também a exitosa experiência do Movimento Vale a Pena, ONG com ações direcionadas para a prevenção da dependência. “Durante as palestras de divulgação do primeiro livro, percebi o interesse das pessoas em saberem da minha experiência no dia a dia. E o Vai Valer a Pena tem esse propósito: mostrar na prática como consegui superar essa fase difícil que atravessei. Contar essa história é uma forma de incentivar as pessoas a darem o primeiro passo para recomeçar”, esclarece.

 App e grupos de apoio em Araçatuba

Paulo Leme Filho reforça a ação pioneira do Vale a Pena ao lançar o aplicativo Eu me Importo, ferramenta disponível para download em sistema Android que reúne, de forma inédita, mais de cinco mil endereços de grupos de apoio aos dependentes no país (1.200 só no Estado de São Paulo) e também informa os dias e horários das reuniões.

A pessoa interessada em acessar os grupos deve baixar o aplicativo e inserir o seu endereço ou o CEP de via próxima onde está ou do local de trabalho. Em Araçatuba, são 11 grupos de apoio em atividade na cidade. “O Eu me Importo  não solicita nome e informações pessoais, preservando o anonimato. Portanto, não há perigo de vazamentos por se tratar de “uma ferramenta de consulta e não de captação de dados”, esclarece o fundador da organização sem fins lucrativos, Paulo Leme Filho.

Ele explica que o app se insere no conceito da mobilidade urbana, pois agrupa associações gratuitas e informa os endereços próximos à localidade onde a pessoa está, evitando grandes deslocamentos.

Entre os grupos de apoio indicados estão: Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos (NA), Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo, Amor-Exigente, Al-Anon e Nar-Anon. Paulo Leme Filho reforça que o AA, por exemplo, existe há mais de 70 anos no Brasil. “Indicamos apenas como dar o primeiro passo. Não emitimos juízo de valor sobre qual é o melhor grupo. O que fazemos é colocar à disposição os endereços de entidades sérias, renomadas e gratuitas”.

Relato de quem viveu o drama do alcoolismo

“Comecei a beber com 15 anos. Matava aula para se divertir com os amigos. A dependência é progressiva e lenta: quando eu menos esperava eu perdi o controle da minha vida. Passei a ter dificuldade de fazer as coisas, perdi o emprego e parei a faculdade. Minha vida se resumia a beber”, relata Paulo Leme Filho sobre o início do vício.

De acordo com o advogado, os problemas começaram a chegar, como desemprego, problemas de relacionamento, com a convivência familiar. “A dependência mata a pessoas aos poucos. E quem está no vício tem uma interpretação distorcida da realidade. Na minha ótica eu sai da faculdade porque ela não estava boa. Perdi o emprego, mas ele era ruim. Eu sempre encontrava uma justificativa para meus atos e ela nunca era o meu vício”.

“Ao parar de beber, consegui retomar a minha vida, mas fiquei reservado com relação a abrir o anonimato por medo do preconceito e da desconfiança em relação ao meu trabalho. Só notei a necessidade de compartilhar minha história e ajudar outras pessoas quando meus filhos nasceram. Eu ia levar eles até a escola e via todas aquelas crianças e pensava quantas iriam ter contato com o álcool e desenvolver a dependência. Eu sempre digo que meus filhos mudaram minha forma de enxergar a vida. Entendi que compartilhar minha experiência podia ser útil e escrevi o primeiro livro. A partir dali comecei a ser chamado para dar palestras em escolas e a receptividade dos adolescentes foi incrível. Acho que porque ali eu estava de peito aberto, sem ter o objetivo de dar uma lição de moral ou pregar uma religiosidade”, acrescenta.

RELATAR ESXPERIÊNCIA

Segundo Paulo Leme, era muito comum após as palestras as pessoas perguntarem sobre locais que oferecessem suporte para os dependentes e familiares que enfrentavam esse problema e era difícil ter esses endereços de prontidão. “O aplicativo veio para suprir essa lacuna. Conectar os grupos que trabalham com essa temática com quem precisa de ajuda. Muitas vezes esses grupos funcionam em salas pequenas ou nos fundos de igrejas e não são tão divulgados. Muitos trabalham ainda com os familiares dessas pessoas, que sofrem e por vergonha não têm com quem conversar”, disse o escritor ao falar sobre o aplicativo

C1 Livro
Vai Valer a Pena, livro do advogado que narra sua história de superação pessoal e quebra de preconceitos, será lançado no dia 31 de julho, em Araçatuba

Lançamento – 31/7

Vai Valer a Pena

(Scortecci Editora, 89 páginas)

Onde: Livraria Mania Filmes

Rua Cussy de Almeida, 1.071 – Centro – Araçatuba

A partir das 18h30

DA REDAÇÃO
Araçatuba

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