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Golpes na Shein se multiplicam: cartões de presente falsos, anúncios maliciosos no Google e mais

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Grandes empresas varejistas chinesas têm atraído muita atenção no Brasil recentemente. O país oriental, que se fortaleceu como a grande nação manufatureira na ordem mundial por mais de uma década, fisga pelo bolso um público consumidor massivo e lança uma sombra ameaçadora sobre a combalida indústria nacional.

O governo, por outro lado, mantém uma atitude dúbia. Sob pressão do setor produtivo, ensaia e retrocede na imposição de novos tributos, ao mesmo tempo que cresce os olhos sobre o potencial arrecadatório em fomentar suas atividades no país. Nesse contexto, a Shein firmou recentemente uma parceria com as empresas têxteis Coteminas e Santanense que deve resultar em R$750 milhões investidos no Brasil nos próximos anos.

Embora isso possa trazer preços e opções de produtos mais atrativos ao público consumidor, a plataforma de comércio eletrônico desde já impõe riscos significativos. Cibercriminosos têm aproveitado o alto volume de interessados transitando pela plataforma da Shein para perpetuar alguns dos golpes de que trataremos a seguir.

Falsos cartões de presentes

A marca Shein, assim como alguns comércios eletrônicos, atrai muitas pessoas. Por isso, muitos golpistas têm prometido, via Instagram, cartões de presentes a vítimas potenciais.

Divulgando uma quantia de centenas de reais ou dólares equivalente a mercadorias, os criminosos propõem um preço de resgate pequeno. No entanto, para fazer a transação é necessário cadastrar um cartão para pagamento e é nessa etapa que o golpe ocorre.

O cadastro do cartão de crédito ou débito é, de fato, numa assinatura que não tinha sido divulgada na oferta do cartão de presente. No ato de cadastrá-lo, uma quantia muito superior é debitada indevidamente, lesando a vítima. Em alguns casos, a cobrança é feita reiteradamente por semanas ou meses, forçando o assinante a cancelar o cartão cadastrado sob pena de perder ainda mais dinheiro.

Um outro risco do golpe dos cartões de presente falsos é ter o WhatsApp hackeado. O link de acesso pode vir pelo Instagram, pelo Telegram, WhatsApp ou qualquer rede que criminosos considerem eficaz para atingir mais pessoas.

A situação descrita acima é um clássico golpe de phishing. O phishing é uma espécie de pescaria de “otários” na internet, em que a isca é uma marca prestigiada e confiável e o anzol é um link disfarçado, que fisga a vítima gerando algum tipo de benefício ao criminoso. Há algumas maneiras de identificar esse tipo de armadilha e evitá-la.

Primeiramente, é evidente que a oferta é boa demais para ser verdade, cabendo um ceticismo saudável. Ainda assim, caso permaneça o interesse numa vantagem, é preciso pesquisar. Se a oferta é feita no Instagram ou outra rede, cabe visitar diretamente o site da Shein para compreender se há uma promoção real.

Falsa enquete de consumidor

Há outros golpes similares que apresentam variações, o que exige de consumidores ainda mais atenção. Criminosos têm pagado anúncios para posicionar links no topo das buscas do Google. Ao clicar no link, uma proposta do golpista é exibida de maneira convincente: receba dinheiro para avaliar roupas na Shein.

Para obter a vantagem, a vítima entrará num site criado pelos marginais (um chamado Money Looks é um dos principais deles). Porém, assim como no caso do cartão de presentes falso, é necessário pagar uma “taxa” ao site – e é aqui que as pessoas são persuadidas a dividir voluntariamente dados sensíveis de pagamento.

Além do ceticismo em entregar dinheiro a um desconhecido na internet em troca de uma vantagem improvável, há outras maneiras de reconhecer o golpe. Os sites de golpes muitas vezes são estruturados de maneira simples, com erros ortográficos e uma página única, sem subseções. O endereço URL suspeito também pode ser um indicador.

Finalmente, é necessário tentar conhecer a marca do site, como Money Looks, antes de decidir pagar qualquer coisa. A pesquisa pode ser feita no Google ou no ReclameAqui, em que opiniões e reclamações frequentemente são úteis para entender a reputação e segurança de algum serviço. Caso o acesso seja por meio de um aplicativo, cabe pesquisar avaliações de outros usuários sobre o serviço.

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