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Três Lagoas aborda o suicídio com a população

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A Organização Mundial da Saúde considera a depressão como o “mal” do século. A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição do interesse do prazer pela vida, gerando angústia, algumas vezes sem motivo evidente.

Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade, embora seja mais frequente em mulheres. O tratamento exige uma avaliação com um profissional, o psicólogo.

A depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita em atitudes drásticas, como ceifar a própria vida.

Considerado um tabu nos dias de hoje, o suicídio é um problema de saúde pública. Em razão dessa falta de diálogo, o número de vítimas aumentou consideravelmente nos últimos anos.

Dados da Organização Mundial da Saúde aponta que no Brasil, entre 1980 e 2014, a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2%. Os dados são preocupantes e merecerem um olhar atento de todos nós. Por isso, em 2015 foi criado o Setembro Amarelo, visando à conscientização e prevenção ao suicídio através de ampla divulgação de informações e incentivo ao diálogo aberto.

Em Três Lagoas, por exemplo, nos primeiros seis meses de 2017, foram notificados 53 casos de tentativas e três casos de suicídio no município. Em 2016, houve o mesmo número de tentativas que resultaram em seis casos de morte. A maioria dos casos notificados envolve meninas e mulheres dos 15 aos 29 anos de idade. Esses dados foram informados pela Secretaria Municipal de Saúde.

Diante dessa preocupante realidade, a Secretaria Municipal de Saúde, numa ação conjunta com o CAPS AD e CAPS II (Centro de Atenção Psicossocial, Promoção à Saúde), realiza ação de conscientização durante o mês de setembro.

Conforme a coordenadora do CAPS II, Patrícia Azambuja, a campanha está centralizada em ações de conscientização e prevenção na divulgação em massa para a população. “A prevenção que estamos tentando promover é através da divulgação sobre o tema, envolvendo palestras, conscientização sobre como identificar possíveis casos de depressão e onde procurar ajuda. Visitamos ontem a feira livre, com distribuição de folders, pulseirinhas amarelas em alusão ao Setembro Amarelo. Todo o trabalho de divulgação está sendo feito em bairros, associações, escolas, clubes e outros meios que envolvam o maior número de pessoas”, destaca.

Ainda conforme Azambuja, fazer com que o assunto seja discutido sem discriminação tanto na mídia quanto no cotidiano, se torna importante uma vez que a cada 10 casos de suicídio, nove podem ser prevenidos, caso a pessoa tenha a atenção dos outros ao seu redor e busque ajuda.

Para a psiquiatra dos CAPS AD e CAPS II, Larissa Freitas, os primeiros sinais da depressão podem ser observados facilmente por algum familiar próximo à pessoa que apresente alteração no comportamento. “Os primeiros sinais geralmente são muito sutis. Às vezes a pessoa começa com o isolamento, principalmente adolescente na alteração do comportamento. Até no público infantil, a criança começa a ficar mais retraída, não se alimenta direito, perde interesse por atividades comuns, como brincar e se divertir. No adulto e no idoso, a observação é um pouco diversificada, ao invés do isolamento, a irritação aparece com frequência, o que dificulta um pouco o diagnóstico. Em todos os casos a família deve procurar ajuda de um especialista”, orienta.

Ajuda gratuita
A rede pública de saúde de Três Lagoas oferece serviços de acompanhamento médico e remédios para depressão. Os CAPs oferecem ajuda com profissionais de saúde mental capacitados que ajudam na qualidade do atendimento. Nessas unidades os pacientes recebem atendimento mútuo próximo da família, assistência médica e cuidado terapêutico conforme o seu quadro de saúde.

O que poucas pessoas não sabem é que, além do apoio psicológico, o SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza também medicamentos. Remédios como antidepressivos são entregues de graça nas Unidades Básicas de Saúde. A exigência é que a receita seja de um médico do SUS.

Além do apoio na rede pública municipal, existe também o CVV (Centro de Valorização da Vida), uma ONG nacional que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio para todas as pessoas que querem e precisam apenas ser ouvidas, sob total sigilo.

Em Três Lagoas ainda não existe uma sede do órgão, mas o CVV atende em número nacional, no 141, com voluntários a disposição a qualquer horário do dia. Se você deseja apenas conversar, não hesite e ligue para o CVV.

Programação
Hoje, (quinta-feira, 21) às 20h, as equipes da Saúde estarão na Casa da Amizade do Rotary Club Três Lagoas, proferindo palestra às senhoras rotarianas. Na sexta-feira (22), às 16h, haverá palestra para as equipes de Saúde do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora para tratar de suicídio e tentativas e padrões de procedimentos que devem ser adotados nestes casos. Para saber outros pontos de divulgação acesse o site da prefeitura: <http://www.treslagoas.ms.gov.br&gt;.

 

Da Redação

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