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Finalidades do #ARACATUBADOBEM – Parte 19

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Rodrigo Andolfato

Eu achei que um único artigo sobre o assunto TURISMO seria mais que suficiente para encerrar o assunto. No entanto, tamanha foi a repercussão do último artigo que me vejo obrigado a tratar deste assunto mais uma vez, para que assim mais e mais ideias possam ir surgindo e já possam ser implementadas tão logo nosso comitê de turismo do #ARACATUBADOBEM seja formado e torne-se atuante.
Bem, tudo começou logo após o almoço de domingo. Muitos leitores do LIBERAL REGIONAL tem meu contato direto de WhatsApp e passaram a enviar mensagens de congratulações, somadas a ideias mais elaboradas de ação. Foi ai que percebi a importância que o povo de ARAÇATUBA corretamente dá ao assunto TURISMO. Como escrevi no domingo passado, o TURISMO traz uma injeção de dinheiro extra na economia. Falamos em dinheiro extra, pois se trata de um desvio de riqueza da cidade de partida para a cidade de destino.
Nesses bate-papos, começamos a criar as várias vertentes de incentivo do turismo para nossa cidade. Antes de falarmos das ideias, precisamos colocar a questão do papel atual do turismo para ARAÇATUBA e suas implicações. Nossa cidade, por ser sede de região, e por ter um comércio de aglutinação regional, cria naturalmente o TURISMO DE NEGÓCIOS. Esse tipo de turismo cria uma ocupação regular e constante nos dias de semana. Normalmente de segunda a quinta-feira. São representantes comerciais, vendedores, profissionais liberais, e assim por diante.
O problema, se é que podemos chamar assim, é a taxa de ocupação nos hotéis justamente nos finais de semana. Devemos sempre lembrar que todo ativo imobilizado de um hotel fica ocioso aos finais de semana, quando não temos atrativos nestes períodos. Pode parecer uma coisa boba, ou um puxar de sardinha para os donos de hotéis, mas na verdade não é isso. Obviamente que proprietários de hotéis querem ganhar mais dinheiro e gostariam de ver seus hotéis lotados aos finais de semana. Mas se isso não acontece, o contingente de trabalhadores nesses dias é diminuído drasticamente.
Por outro lado, se hotéis, bares e restaurantes começam a ter movimentos agigantados por eventos aos finais de semana, a demanda por trabalhadores na área começa a aumentar e o giro da riqueza começa a se fazer presente.
Escrevi tudo isso para dar um exemplo simples. Minha família tem um hotel, o Mariá Plaza. Ao lado deste hotel meu pai construiu uma academia de tênis para minha irmã Camila, quando ela tinha apenas 9 ou 10 anos. Com a modalidade do Beach Tênis agora em moda, ela criou uma série de quadras de areia para atender a DEMANDA do público, o velho e bom mercado consumidor. Além deste fato, ela resolveu criar um torneio aberto para várias modalidades e faixas etárias. O sucesso do evento foi enorme e lotou o hotel por todo o final de semana. Sempre vejo minha mãe, a dona do hotel, reclamar da taxa de ocupação nesses períodos. Neste final de semana, no entanto, a preocupação era outra. Atender bem os 100% de ocupação dos leitos do hotel num período que normalmente não se chega a 10%.
Se fizermos uma conta rápida, o Mariá tem 87 apartamentos de diferentes preços. Desde a suíte com alto valor agregado até os quartos mais simples. Posso colocar sem medo, que o ticket médio das diárias saiu a 200 reais por quarto. Ou seja, num final de semana o ticket do período foi de 400 reais. Isto traz uma receita de R$ 34.800,00 num período que o hotel estaria vazio. Fora o dinheiro dos pernoites o hotel fatura com alimentos e bebidas. Com certeza o valor das receitas deve ter chegado a um faturamento bruto em torno de 50 mil. Obviamente que esse dinheiro não é lucro líquido. Mas com certeza esse dinheiro circulou entre produtos, funcionários, e demais fatores de produção, de modo que o dinheiro na verdade circulou e ficou na nossa cidade.
Vale colocar ainda, que se houve ocupação de 100% no Mariá, muitos outros hotéis também se beneficiaram com o evento. Não seria demais extrapolar que toda cidade, e toda cadeia de negócios tenham faturado algo em torno dos 100 mil neste fim de semana, só por conta deste evento. Daí que se vem a grande questão. E se pudéssemos replicar esse feito todos os finais de semana? Fosse com eventos esportivos, fosse com eventos culturais, fosse com eventos intelectuais como congressos e afins? Supondo que essa receita extra de 100 mil por final de semana fosse de fato o limite máximo que se poderia chegar, e tivéssemos algo assim todos os finais de semana, faríamos uma expropriação de riqueza de outras cidades no valor de 400 mil mês, o que nos leva a 4,8 milhões por ano. Pode até parecer pouco para uma cidade como ARAÇATUBA, mas a verdade é que esse montante ajuda muito na criação de emprego e renda para muita gente.
Assim sendo, o que o #ARACATUBADOBEM quer conseguir com os comitês de turismo, é fomentar eventos que tragam muitos visitantes para nossa cidade. Deste modo, conseguiremos mudar nossa cidade para o BEM e traremos prosperidade para todos. Gostou? Quer participar? Então entre em contato conosco pelo fone (18) 98175-0096.

Rodrigo Andolfato é empresário, membro do Instituto Liberal da Alta Noroeste e idealizador do movimento #ARACATUBADOBEM

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