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Diego Fernandes – Araçatuba
Nos últimos anos, a estrada vicinal Caran Rezek passou a ter um aumento no fluxo de veículos e de pessoas devido a chegada de alguns residenciais ao local. Se antes, a estrada era ligação apenas para o bairro Engenheiro Taveira, agora a via também é a única para o deslocamento de moradores dos residenciais Aimoré e Paquerê, na zona norte. A via liga os bairros com a rua Marcílio Dias, que dá acesso às áreas mais centrais da cidade. Também serve como ligação para os assentamentos Chico Mendes, Adão Pretto e Hugo Herédia, que abrigam, juntos, cerca de 400 famílias.
Apesar desse aumento de fluxo, a estrutura da estrada municipal não acompanhou esse crescimento e passou a ser um local perigoso para os moradores. No último dia 11 de maio, por exemplo, os motociclistas Rafael Luiz Pereira da Silva, de 29 anos, e Natã Cerchini Barbosa, de 22 anos, morreram em acidente fatal na via quando suas motocicletas se chocaram. Ambos estavam trabalhando, fazendo entregas de lanches, quando o fato aconteceu.
Por causa disso, Pâmela da Silva Miranda, moradora do Residencial Aimoré, lançou na última segunda-feira, um abaixo assinado cobrando a prefeitura de Araçatuba para a instalação de iluminação na via, além da construção de um acostamento no local, já que não há área de escape para os veículos e para as pessoas.
“Na verdade, o ideal seria uma duplicação. O acostamento é importante porque o pessoal de Taveira trafega de bicicleta. Mães voltam com duas ou três crianças na bicicleta e é muito perigoso”, cita Pâmela, que diz já ter presenciado ultrapassagens perigosas enquanto pessoas passam pela via de bicicleta.
O objetivo do abaixo assinado é atingir pelo menos 20 mil assinaturas e, até o início da tarde dessa terça (21), mais de 2 mil pessoas já haviam assinado a petição.
Pâmela afirma que seu esposo estava fazendo entregas para a hamburgueria que ambos mantinham no Aimoré quando o acidente aconteceu.
“Temos muitos amigos ali, e foi uma prima minha que falou do acidente e logo eu cheguei até o local”, disse Pâmela.
Segundo ela, depois da morte do seu marido, outros três acidentes aconteceram no local, envolvendo motos, carros e bicicletas, o que evidencia a falta de estrutura no local.
“Foi urbanizado recentemente, muitas famílias moram ali agora, e a estrutura não acompanhou o crescimento ali do local. E a noite ainda fica pior por causa de iluminação”, afirmou a moradora.
Ela ainda afirma que, o principal horário de fluxo, é no começo da manhã e no final da tarde, quando muitos moradores saem e voltam para suas casas após as suas atividades. Neste momento, os carros dividem espaço com as motocicletas, bicicletas, pedestres, e com caminhões carregados que saem e chegam das usinas.
“Quanto mais assinaturas tivermos melhor”, completou.
Ligação do Ministro
Pâmela ainda afirmou que o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ligou para ela para dar os pêsames pela perda do marido, e designou um assessor especial no estado de São Paulo para intervir e ajudar na melhora dessa via pública.
Segundo ela, a intenção é de, além de instalar iluminação pública e construir um acostamento, também, em um segundo momento, asfaltar a via, que passa a ser de terra após o bairro de Engenheiro Taveira.
“O ministro afirmou que vai nos ajudar com essa demanda”, disse.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para saber se há algum tipo de previsão para que seja feita alguma obra de infraestrutura no local. Não houve resposta até o fechamento da edição.