Diego Fernandes – Araçatuba
Nesta segunda-feira (20) foi protocolada no Ministério Público uma ação civil pública para intervenção judicial no Residencial Aimoré. Segundo o documento, a prefeitura de Araçatuba a construtora API Construtora e Incorporadora LTDA, além da Caixa Econômica Federal, deixaram o local em situação de “caos e calamidade”.
De acordo com o documento, o local, além de não ter iluminação na sua principal via de acesso, que é a estrada municipal Caran Rezek, ainda sofre com a falta de transporte público, já que os ônibus da TUA não entram no bairro pela falta de estrutura, e também não há coleta adequada de resíduos pelo mesmo motivo.
Na representação, assinada pelo líder comunitário Valdemar Damião Brito, diz que seriam entregues 1.300 casas nesse residencial, porém, apenas 285 imóveis foram entregues e com um ano de atraso. O prazo para entrega era dezembro de 2022 e apenas em dezembro de 2023 os imóveis foram entregues.
A representação ainda cita o abaixo assinado pedindo iluminação na Caran Rezek, além de relatar os acidentes da via, que é a única para acesso ao residencial.
Os moradores precisam andar no escuro no período noturno e esperar na estrada Caran Resek, que não possui acostamento, para conseguir pegar os ônibus do transporte coletivo. Além disso, moradores precisam seguir um longo trecho a pé antes de conseguirem o transporte pela impossibilidade de entrada no residencial, devido à falta de estrutura.
Outras reclamações são o mato alto na entrada do bairro, além das casas abandonadas, que acumulam sujeira, favorecendo o surgimento de animais peçonhentos.
“Uma vez demonstrado o descumprimento inequívoco à Lei e situação calamitosa existente, tem-se por necessária intervenção estatal no presente caso”, afirma na representação o morador.
