ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA
Nos dias 4 (sexta-feira), 5 (sábado) e 6 (domingo), moradores da Zona Leste de Araçatuba enfrentaram sérios problemas com abastecimento de água. Foram feitas manifestações e o assunto repercutiu na Câmara, que convocou o comissário-geral da agência reguladora Daea, Márcio Saito, para dar explicações. Por outro lado, a agência reguladora cobrou explicações da concessionária. Na sexta-feira, no final da tarde, o diretor técnico da Samar, Rondinaldo Lima, entregou os documentos relacionados ao problema de abastecimento. O documento cita que foi uma sequência de intercorrências que podem ocorrer em diferentes pontos da cidade, com impacto mínimo, mas que ocorreram em uma única região, causando os problemas.
Após a entrega do documento, a reportagem procurou a Samar para esclarecer o que ocorreu. O diretor técnico disse que, conforme foi relatado à agência reguladora, atualmente devido aos investimentos feitos na modernização da rede, é feito monitoramento em tempo real da pressão da água, o que permite constatar um vazamento até mesmo antes da população. “Na quinta-feira (3), constatamos que em uma rede que leva água para um dos reservatórios apresentava pequeno vazamento, mas com potencial de vazamento de grandes proporções, que poderia parar vários bairros e impactar uma área grande das redes”, disse Lima.
Como a obra de substituição de rede (dentro do plano de investimento para a área) está praticamente concluída, os técnicos entenderam que a melhor solução seria o não reparo do pequeno vazamento, mas sim interligar o novo sistema. Isso evitaria uma nova parada futura para a interligação. “A intervenção para interligação foi simples e fazemos no nosso dia a dia e a população não percebe. Quando colocamos este sistema em carga, desta tubulação nova que conecta com tubulação mais antiga, rompeu-se uma das juntas, que era nova. Houve um novo rompimento deste novo sistema conectado com redes mais antigas. São problemas que resolvemos rapidamente e o fizemos. No entanto, este atingiu o mesmo sistema, o que desencadeou o desabastecimento”, explicou Rondinaldo Lima.
Conforme explicou a concessionária à agência reguladora, entre um, vazamento e outro, o abastecimento foi restabelecido, o que permitiu a recuperação de parte dos reservatório da própria Samar como das caixas d’água das famílias. “Se o abastecimento entre um vazamento e outro não tivesse sido restabelecido, o problema seria muito maior, com mais famílias desabastecidas”, disse o diretor técnico.
SETORIZAÇÃO
Os investimentos estão sendo feitos exatamente para a setorização dos sistemas de água, o que permitirá maior controle sobre pressão da água e possíveis vazamentos. Além disso, quando necessário, as intervenções irão reduzir a área impactada. Rondinaldo explicou que no Bairro Jussara, onde a setorização já foi concluída, o desperdício de água caiu 50%, assim como as ocorrências. “Com menos perdas, retiramos menos água e impactamos menos o meio ambiente”, afirmou.
O trabalho de setorização implica na troca 40 mil metros de rede. Deste total, 24 mil metros já foram trocados, faltando apenas 16 mil metros. O trabalho está sendo feito por meio de sistema não destrutivo, que não abra valas nas ruas, apenas um pequeno buraco para que a canalização seja feito por método moderno.
Ao longo do ano a concessionária vai continuar substituindo redes, quando necessário. Há locais em que a canalização tem até 80 anos.
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ESCLARECER – Rondinaldo Lima fala sobre as explicações feitas à agência reguladora Daea
ANTÔNIO CRISPIM
