FESTA PURA

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Pedro César Alves

As festas natalinas são consideradas por muitos como ‘festa pura’, pois trata-se do nascimento de Jesus Cristo – dentro da maioria das religiões consideradas cristãs (e o mercado de consumo aproveita e segue o fluxo – nada a contestar, faz parte). E, por tratar-se de ‘festa pura’, que tal pensar no que realmente é puro? Que tal pensar ‘de verdade’ no que realmente é puro? – e assim teremos a ‘Festa Pura de Natal’.

Esta semana estive a observar o mercado (comércio), principalmente aqui em Araçatuba. Para observar, caminhei lentamente ao lado da minha amada pelo Calçadão, numa noite de céu limpo – e muito calor, observando as lojas e os transeuntes. É interessante estar a observar o que acontece com e a partir de, e das pessoas sem elas saberem que as estamos observando (faço isso algum dia sobre determinado assunto e notarás grandes diferenças quando passamos a falar que as estamos observando).

Antes de prosseguir, vale ressaltar como o centro da cidade de Araçatuba estava: Calçadão estava com enfeites simples; a praça Rui Barbosa – esta não, esta estava cintilante; esta merece um comentário aqui à parte. Fiquei rodeando-a e observando cada cantinho da mesma, cada enfeite ali colocado – e imaginando quanto trabalho houve! E, para ajudar, músicas e mais músicas para alegrar o ambiente. Ficou simplesmente maravilhosa, por assim dizer – luzes que avivavam o interior humano (até os mais frios – creio eu).

A ‘festa pura’, melhor dizendo, o que a ‘festa pura’ traz para o comércio local pode ser considerado fantástico! E sabe por quê? Porque todos os comerciantes aguardam por este momento (e por outras datas festivas também, como o dia das mães, o dia dos pais, o dia das crianças…). E, querendo ou não, acabamos comprando coisas que não são necessárias no momento – somos humanos… e gostamos de gastar!

Pureza. Sim… A pureza que deveria acontecer da simbólica comemoração do ‘nascimento do menino Jesus’ nem sempre acontece (às vezes acontece – não se pode generalizar). O valor material fala mais alto, e o que de verdade deveria acontecer, fica a desejar. (Não há um equilíbrio no que seria preciso…) Ah, pureza! Ah, pureza, como gostaria que todos tivessem! Ah, como gostaria…

A imaginação do ser humano é grande, dos escritores – dos fazedores de textos – um pouco maior (creio eu!). E, nas conjecturas da vida, imagino que o menino Jesus deve estar continuamente vivo em nós (desde o nascimento d’Este em nós – desde quando O compreendemos pelo que Ele é, pelo que Ele fez). E, nas minhas conjecturas, idealizo-O como o meu Redentor, Salvador… que deu a vida por mim… Digno de toda adoração!

E quando imagino (e creio!), fico tentando entender o porquê de outros também não entenderem como eu – a verdade é que cada um pensa de uma maneira (e graças a Deus! – porque seríamos robozinhos). E, continuando, o entender do nascimento d’Ele em nós faz toda a diferença – pois Ele trouxe-nos à vida. Ele trouxe-nos a Vida – a Vida Eterna em abundância. E, não poderia deixar de dizer: Paz aos homens de boa vontade!

Pedro César Alves é professor, escritor, jornalista.

http://aprendizdeescritor3.webnode.com

 

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