ANTÔNIO CRISPIM – BIRIGUI
Dois macacos prego foram resgatados por equipe da Polícia Militar Ambiental no Bairro Silvares, em Birigui, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. O casal foi autuado em R$ 14 mil. A mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia e liberada após ser ouvida. O homem não estava na residência. O casal pode ser indiciado por tráfico de animais, já que a mulher admitiu que o marido iria vender os macacos. De acordo com a Polícia Ambiental, além dos dois macacos, foram apreendidas redes de caça de animais silvestres e armadilhas. Os autuados são W.N.G, 30 anos, cabeleireira e o marido, L.V., 24 anos, barbeiro.
Na quinta-feira, após emissão de mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça de Birigui, os policiais foram até a residência do casal no Bairro Silvares. A mulher foi informada do mandado. No local os policiais encontraram dois macacos prego em cativeiro, sem autorização do órgão ambiental competente, em um viveiro inadequado (pequeno) reduzindo a mobilidade dos animais, as vasilhas estavam sem água e sem comida, e os animais estavam agitados e estressados, evidenciando que tinham sido capturados há pouco tempo.
De acordo com investigações feitas pela polícia, os animais são capturados nas matas de Araçatuba e região, como Mata dos Macacos, mata da Unesp (Odontologia) e mata do antigo Country Club. A polícia constatou que já foram elaborados quatro boletins de ocorrência anteriores, já que o casal foi surpreendido transportando macacos em São José do Rio Preto, Bauru, Botucatu e Birigui. Os animais eram levados para venda em São Paulo.
Como a irregularidade foi constatada, os policiais lavraram quatro autuações ambientais, sendo duas simples por ter em cativeiro animais silvestres, no valor de R$ 1 mil cada e duas simples no valor de R$ 6.000,00 cada, “por Praticar atos de maus tratos a animais silvestres”.
Na delegacia, a mulher disse que o marido tinha comprado os animais pela Internet e que iria revender em São Paulo. Disse, também, que o marido já foi detido pelo mesmo crime anteriormente e que havia parado com o tráfico de animais. O casal pode responder por tráfico de animais.
Os macacos foram encaminhados para a Unesp Veterinária de Araçatuba, para serem avaliados e posterior soltura em habitat natural.
TRÁFICO DE ANIMAIS
Com a ação dos policiais ambientais, os dois macacos foram resgatados a tempo para não entrarem na rede de tráfico, que movimenta muito dinheiro. A reportagem apurou que um macaco prego, de forma legal (criação em cativeiro e com licença ambiental) chega a custar R$ 65 mil. Já no mercado paralelo, de forma ilegal, cada exemplar chega a ser vendido por R$ 2 mil.