Home Cidades Araçatuba Araçatuba permanece na fase laranja e Lins regride para a vermelha; estado terá mais dois fins de semana de “lockdown”

Araçatuba permanece na fase laranja e Lins regride para a vermelha; estado terá mais dois fins de semana de “lockdown”

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DIEGO FERNANDES – ARAÇATUBA

A região de Araçatuba vai permanecer na fase laranja do Plano São Paulo de flexibilização da economia, de acordo com informações passadas em coletiva de imprensa do governador João Dória (PSDB) e de sua equipe, na tarde desta sexta-feira (22). Já a região de Bauru, da qual pertence o município de Lins, regrediu para a fase vermelha.

Foram anunciadas ainda mudanças nos índices do Plano para regressão à fase vermelha, além do anúncio de dois finais de semana de “lockdown” em todo o estado.

Em Araçatuba, a região permaneceu na fase laranja porque os dois índices primordiais seguem satisfatórios, segundo o estado: Ocupação de leitos de UTI e leitos por cada 100 mil habitantes.

No caso da ocupação, a região está com 55,2% de leitos de UTI sendo utilizados por pacientes com sintomas ou confirmação da covid-19. De acordo com as novas regras do Plano SP, definidas pelo Comitê de Contingência da Covid-19 e anunciadas pelo estado, uma região que está com ocupação de 75% ou mais deve regredir para a fase vermelha, e não mais 80% como era até esta semana.  Araçatuba, no caso, ficou longe da regressão.

Já em relação ao número de leitos a cada 100 mil habitantes, somente com um índice abaixo de 3 leitos é que uma região pode regredir para a vermelha por este índice. Atualmente, nenhuma região do estado tem número de leitos tão baixo. Em Araçatuba, a media de leitos disponíveis por 100 mil habitantes está em 15,7.

No caso da região de Bauru, da qual pertence o município de Lins e as cidades no entorno, a regressão para a fase vermelha do Plano SP se deu pelo índice de internações, que está em 84% em toda a região. Por lá, o número de leitos de UTI por cada 100 mil habitantes está em 12,9.

As medidas anunciadas pelo estado passam a valer a partir da próxima segunda-feira, dia 25.

Como fica?

A fase vermelha, válida em Lins a partir de segunda-feira, só permite o funcionamento normal em setores essenciais como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.

Já na etapa laranja, que segue válida na região de Araçatuba, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.

A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais.

Sete regiões no vermelho

Além de Lins / Bauru, as regiões de Barretos, Franca, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté farão companhia à Marília na fase vermelha do Plano São Paulo, a partir da próxima segunda-feira.

Marília, que já estava na fase vermelha desde a semana passada, tem o pior índice de ocupação de UTIs do estado, com preocupantes 87,9%. Em Franca, a situação é parecida, com ocupação de 85,9%. Presidente Prudente é outra região que regrediria à fase vermelha mesmo nas regras antigas, já que tem 81,4% de ocupação.

As regiões que acabaram tendo suas atividades econômicas prejudicadas com a nova medida do Plano SP foram Taubaté (78,9%), Barretos (78,3%) e Sorocaba (76,9%).

A região de São José do Rio Preto, que permanece na fase laranja, ficou muito próxima de regredir, com índice de ocupação de UTIs de 74,7%, apenas 0,3% mais baixo que a nova preconização.

10 regiões no laranja

As regiões na fase laranja a partir do dia 25 são Grande São Paulo e as regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto.

Segundo o estado, 78% da população do estado está na fase laranja, incluindo a Grande São Paulo, que estava na amarela. Os demais 22% dos moradores do estado estão em regiões de fase vermelha.

Lockdown no final de semana

Anunciado pela secretária de desenvolvimento econômico do estado, Patrícia Ellen, o estado de São Paulo inteiro terá dois novos finais de semanas de “lockdown”, assim como já havia ocorrido nos finais de semana do Natal e do Ano Novo.

Nos finais de semana dos dias 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro, todo o estado estará na fase vermelha, com a proibição de abertura de qualquer atividade comercial não essencial.

De acordo com o estado, a medida visa conter o avanço no número de casos e no número de internações por covid-19 no estado de São Paulo.

Trava para avanço para amarela e verde

Foi anunciado também que, durante as próximas duas semanas, nenhuma DRS, Diretoria Regional de Saúde, poderá avançar para as fases amarela e verde do Plano SP. A intenção do governo do estado é conter aglomerações e eventos no período noturno, como forma de tentar diminuir os efeitos da pandemia.

“Uma segunda onda de coronavírus atingiu o mundo e seus efeitos também atingiram o Brasil e o estado de São Paulo. O aumento no número de casos, internações e óbitos é extremamente preocupante”, afirmou o governador João Doria. “É a ciência, a saúde e a medicina que determinam os caminhos que temos a seguir para proteger vidas”, concluiu.

Dados da pandemia no estado

Com os dados epidemiológicos semanais divulgados nesta sexta (22), a média estadual passou de 287,9 para 348,6 novos casos a cada 100 mil habitantes. A taxa de novas internações subiu de 49,3 para 54,1 a cada 100 mil habitantes, e as mortes foram de 5,8 para 7,1 a cada 100 mil habitantes. A aceleração no contágio preocupa o Centro de Contingência, que reforçou o alerta aos 46 milhões de habitantes de São Paulo.

“O cenário para os próximos dias não é tranquilizador, muito pelo contrário, são sombrios. Nós temos risco em São Paulo, se não tomarmos as medidas necessárias, de em pouco tempo termos dificuldade de oferecer leitos de UTI para pessoas que necessitem de tratamento”, declarou João Gabbardo Coordenador Executivo do Centro de Contingência. “São Paulo apresenta um óbito a cada seis minutos. O tempo que demorarmos para tomar as medidas necessárias vai significar óbitos nesta velocidade”, completou

A pressão sobre o sistema hospitalar é preocupante. A média de ocupação de leitos de UTI por pacientes graves de COVID-19 passou de 67,5% para 71,1%, com 18,9 vagas exclusivas para coronavírus a cada 100 mil habitantes.

Sem as medidas mais restritivas e com o atual ritmo de internações em UTI, em 28 dias o sistema de atendimento hospitalar para pacientes graves com COVID-19 poderia se esgotar, de acordo com o governo do estado. Nesta sexta (22), a Secretaria de Estado da Saúde anunciou a ampliação de 756 leitos para pacientes infectados pelo coronavírus em todo o estado, sendo 450 de enfermaria e 306 de UTI (Com informações do Governo de SP).

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