Desde a meia noite, começou o horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com os relógios adiantados em uma hora, aumenta o período de exposição à luz solar, tornando os dias mais longos e as noites mais curtas.
As opiniões sobre o horário de verão são diversas. Há aqueles que são avessos à mudança devido ao intenso calor da primavera e verão, principalmente na região de Araçatuba, e outros que justamente por causa do calor gostam muito do novo horário.
É o caso de Ester de Sousa Gouveia, estudante de 17 anos. Para ela que diz amar o calor, ter mais tempo de sol é motivo para aproveitar mais o dia. “Como o sol fica mais tempo, podemos fazer caminhadas, sair com mais tranquilidade depois que acaba o horário comercial”.
Aline Batista, empresária, também é adepta ao horário de verão. “Na primeira semana é estranho, por causa da adaptação, mas depois eu gosto porque o dia e a noite ficam mais produtivas. Sempre saio tarde do trabalho e com mais tempo de luz consigo ficar mais tempo com minhas filhas”.
Já para o esposo de Aline, Marciclei Batista, o horário de verão só contribui para piorar o calor em Araçatuba. Raul Eduardo Bertachini também é contrário à mudança no horário por causa das altas temperaturas.
“Não gosto do novo horário porque nosso verão está cada vez mais severo e o horário comercial é justamente nos períodos de maior calor, o que deixa ainda mais complicado”.
O horário de verão vai até fevereiro de 2018, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora e tudo voltará ao normal.
ECONOMIA
Ao melhorar o aproveitamento da luz natural pela população, a iniciativa tem como os principais objetivos reduzir o consumo de energia e diminuir a demanda no horário de pico, das 18 às 21 horas, explica o Diretor de Operações da Distribuição da CPFL Energia, Thiago Guth.
Em 2016, o horário de verão gerou uma economia de R$ 159,5 milhões, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse valor superou as estimativas iniciais, que apontavam para uma economia de R$ 147,5 milhões.
O período, que durou um total de 126 dias, gerou ganhos qualitativos em relação à redução do consumo no horário de pico noturno, diminuindo os carregamentos no sistema de transmissão e aumentando a segurança do atendimento ao consumidor.
REGIÃO
A CPFL Paulista, que atende 234 cidades do interior paulista, prevê que o horário de verão 2017/2018 traga economia de 41,3 mil MWh no consumo de energia em sua área de concessão. Esse volume seria suficiente para abastecer 17,2 mil famílias por um ano com um consumo mensal de 200 kWh.
Karen Mendes – Araçatuba