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Região é a quarta em geração de empregos com carteira assinada no Estado

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ARNON GOMES – ARAÇATUBA

A Região de Araçatuba permanece entre as maiores geradoras no Estado de São Paulo. De acordo com números divulgados pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), somente de janeiro a outubro deste ano, juntos, os 43 municípios terminaram na quarta posição em todo o território paulista em relação à abertura de empregos formais. Na pesquisa, ficam atrás apenas das cidades das regiões administrativas de Bauru (a “campeã”, com 6.947 vagas), São José do Rio Preto e Marília, que também tiveram saldo positivo no período.

Segundo dados do economista Marco Aurélio Barbosa de Souza, pesquisador em economia local e regional, nesses dez meses, apenas cinco cidades mais populosas (Araçatuba, Birigui, Penápolis, Andradina e Guararapes), foram criadas 1.859 oportunidades, número resultante da diferença entre 37.798 contratações e 35.939 demissões.

Consultado pela reportagem, o analista avaliou que os dados apresentados pela Fundação Seade corroboram com os resultados das pesquisas mensais sobre a geração de empregos regional com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia, noticiados por O LIBERAL REGIONAL. “Ou seja, a região vem gradativamente, desde junho, apresentado resultado positivo no mercado de trabalho com contratações superando as demissões”, observa o economista. “Dessa forma, no acumulado do ano, a região aparece em uma situação de destaque no ranking publicado pelo Seade”, conclui.

Apesar do bom resultado, percebe-se uma desacelerada. Em 5 de setembro, essa mesma pesquisa havia apontado a Região de Araçatuba no topo da geração de emprego formal. Na ocasião, o estudo mostrou que Araçatuba e seus municípios vizinhos lideravam o ranking estadual após terem criado 1.506 empregos formais de janeiro a junho.

Conforme Barbosa, o desempenho regional está relacionado ao conjunto dos setores produtivos. “Porém, há um destaque para da agricultura com forte presença regional em conjunto com suas cadeias produtivas que desencadeiam efeitos multiplicadores positivos para outros segmentos econômicos”, pontua.

Outro destaque apontado pelo estudioso é a consolidação de investimentos que tiveram início em 2019 e se consolidaram neste ano, como o setor supermercadista, que recebeu milhões de reais em investimentos gerando empregos no comércio e setor de serviços. “Destaca-se ainda que o incremento das exportações do setor do agronegócio, como no exemplo, do complexo sucroalcooleiro e de carnes e derivados, trouxe também impacto favorável na empregabilidade”, analisa Barbosa. “São elementos que diferenciaram a região no ciclo inicial de retomada das atividades econômicas nesse segundo semestre de 2020.”

 

No Estado, crescimento foi de 1% em um mês

 

Em todo o Estado de São Paulo, o número de empregos formais aumentou 1% entre setembro e outubro, crescimento igual ao registrado no Brasil (1%) no período. As 513 mil admissões ocorridas em São Paulo superaram os 394 mil desligamentos, o que resultou na geração de 119 mil empregos, 30% do total gerado no país.

No entanto, de janeiro a outubro, o número de empregos no Estado diminuiu em 92 mil (-0,8%), o que corresponde a

53,8% da redução de postos celetistas no Brasil (-171 mil, ou -0,4%).

Serviços (-87 mil), comércio (-91 mil) e indústria (-3 mil) ainda apresentam perdas no ano, mas a agropecuária

(63 mil) e a construção (26 mil) mostram resultados positivos.

Segundo a Fundação Seade, a utilização do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda é importante fator explicativo desses resultados. Entre abril e outubro, foram registrados 6,1 milhões de acordos, alcançando 3,2 milhões de trabalhadores (27% dos celetistas). “Note-se que 2,5 milhões dos acordos (41%) corresponderam à suspensão do contrato de trabalho”, diz a instituição sobre o estudo.

As maiores reduções do nível de emprego persistem no município de São Paulo (-55 mil), nos demais cidades da Região Metropolitana de São Paulo (-22 mil) e nas regiões de São José dos Campos (-18 mil) e de Santos (-14 mil).

 

 

 

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