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Região contraria a média nacional e cria mais de 900 postos de trabalho em março, mostra Caged

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Pelo terceiro mês consecutivo, a região de Araçatuba abriu mais do que fechou postos de trabalho com carteira assinada. Segundo dados divulgados ontem pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, em março, as 16 maiores cidades apresentaram saldo positivo de 974 empregos formais. A média é consequência de 6.548 admissões e 5.574 demissões ocorridas no período.
Apesar de ter registrado saldo inferior ao contabilizado em janeiro e fevereiro, quando mil empregos foram criados em cada mês, a região teve um desempenho melhor que o observado na média nacional. No terceiro mês do ano, o Brasil teve saldo negativo de 43.196 empregos, resultado de 1.216.177 contratações e 1.304.373 dispensas.
Em nível regional, a principal contribuição para o bom desempenho no mês passado veio de Araçatuba. O maior município da região contratou 1.873 trabalhadores e dispensou 1.625, terminando com um saldo de 248 vagas.

CANA
Para o economista e professor universitário Marco Aurélio Barbosa, esse resultado é decorrente do início da safra da cana-de-açúcar, que gera empregos diretos e indiretos ao longo de sua cadeia produtiva.
O setor sucroalcooleiro puxou também o saldo positivo do emprego na indústria regional no terceiro mês do ano, conforme pesquisa divulgada pela Ciesp (Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na semana passada. “O desempenho da região em seu conjunto é positivo no comparativo com o país, que apresentou saldo negativo no mês de março”, analisa Barbosa, que coordena o Observatório da Economia Regional na FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba).
Ele analisa que o saldo positivo regional foi favorecido pelo desempenho do segmento industrial ligado ao agronegócio, dentre os quais o setor sucroalcooleiro. Ele cita como exemplos o saldo positivo da indústria de transformação em Lins (203 empregos formais), Andradina (64), Guararapes (103) e Pereira Barreto (216).
O docente também atribuiu o resultado satisfatório, em parte, aos setores de comércio e serviços, que tiveram resultados positivos em algumas cidades. Nesse caso, Araçatuba também foi um dos destaques. O setor de serviços fechou março com saldo de 308 vagas, o que impactou favoravelmente o resultado mensal.

Comércio registrou a maior perda no Brasil

A pesquisa divulgada ontem revelou que a maior perda registrada em março foi no setor de comércio, que apresentou uma diminuição de 28.803 vagas, seguido de agropecuária (-9.545), construção civil (-7.781), indústria da transformação (-3.080) e serviços industriais de utilidade pública (-662).
Três setores tiveram resultados positivos: serviços (4.572), administração pública (1.575) e extrativa mineral (528).
Os Estados que apresentaram os piores resultados foram Alagoas (-9.636 vagas), São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986), Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).
Os que anotaram saldo positivo foram Minas Gerais (5.163), Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio Grande do Sul (2.439), Mato Grosso do Sul (526), Amazonas (157), Roraima (76) e Amapá (48).
O salário médio das admissões registradas em março ficou em R$ 1.571,58, valor que, se comparado ao mesmo período do ano anterior, representa perda real de R$ 8,10 (-0,51%).
Já o salário médio que era pago no momento da demissão apresenta queda maior, de R$ 29,28 na comparação com março de 2018 – valor que representa perda real de -1,69%.

ARNON GOMES
Araçatuba

 

 

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