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Para pôr fim a uma crise

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ARNON GOMES – ARAÇATUBA

Primeiro domingo de outubro do ano passado, eleição. Primeiro domingo de outubro deste ano, eleição. Primeiro domingo de outubro do próximo ano, eleição. Apesar de pertencerem a um município pequeno, é muito provável que os eleitores de General Salgado terminem esta década, em 2020, entre os brasileiros que mais foram às urnas.
A eleição suplementar deste domingo, que vai escolher o prefeito que governará a cidade somente até o final do ano que vem é a possibilidade de estancar os efeitos de uma crise política existente de 2012. Para isso, a cidade tem duas opções. Uma candidatura é a do prefeito em exercício, Adriano Eugênio Barbosa (Patriota), e a outra, de José Augusto de Carvalho Neto (PSDB), que já foi vice-prefeito do município.
REVIRAVOLTAS
Entre eles, os 8.238 eleitores poderão deixar o futuro da cidade após um mês, período em que durou o tempo para definição de candidaturas, ter sido marcado por várias reviravoltas. Inicialmente, seriam três candidatos. Entretanto, Iavn Pereira Gallo, que seria candidato pelo Avante, renunciou. Logo, foi substituído pela própria mãe, Maria Pereira Gallo. Ela, por sua vez, teve sua candidatura impugnada, pois a Justiça Eleitoral concluiu que ela não tem filiação a nenhum partido político, condição básica para participar de qualquer eleição. Ela não recorreu da decisão.
O postulante tucano, por sua vez, era o vice na chapa encabeçada por David Rodrigues (DEM). Mas o democrata renunciou. Com isso, Guto, como José Augusto é conhecido, virou cabeça de chapa.
TURBULÊNCIA
A decisão de David pegou de surpresa. O democrata é um dos principais personagens do atual momento político da cidade. Em 2012, venceu a eleição municipal para prefeito. Porém, não tomou posse, pois sua candidatura foi impugnada. No ano seguinte, de forma interina, assumiu a Prefeitura Leandro Rogério de Oliveira (PL), que era o presidente da Câmara. Leandro, então concorreu à eleição suplementar realizada em 2013 e foi o vencedor. Encerrou seu mandato em 2016, ano em que conquistou a reeleição, derrotando, justamente, David.
E foi a coligação do candidato democrata a responsável pela queda de Leandro. Grupo político ligado a David denunciou o então prefeito de General Salgado por abuso de poder econômico, consistente em entrega de vantagem indevida (combustível) a eleitores em troca de voto. O processo transcorreu três anos na Justiça Eleitoral em agosto passado, Leandro e o vice Paulo César de Almeida foram cassados. Desde então, Adriano governa a cidade interinamente, uma vez que era o presidente do Legislativo.
Com a cassação, imediatamente, foi determinada uma nova eleição. Ou seja, é a segunda vez, em sete anos, que os eleitores dessa cidade têm de ir às urnas, fora de época, para escolher seus governantes. Toda essa crise produziu um fato curioso. Nesta década, em apenas três anos (2011, 15 e 17), o município não teve eleição, considerando as duas eleições municipais (2012 e 16), duas suplementares (de 2013 e a de hoje) e as gerais (2014 e 18).
Em 4 de outubro de 2020, portanto a menos de um ano, General Salgado terá eleição mais uma vez: para a escolha do prefeito que governará a cidade por mais quatro anos. Por isso, o pleito de hoje pode marcar o início da transição para um novo tempo.

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GUTO – Candidato tucano já foi vice-prefeito

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