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Indústria biriguiense recupera 85% dos empregos perdidos na pandemia e aposta nas exportações

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DIEGO FERNANDES – BIRIGUI

Uma das principais empregadoras da região de Araçatuba, a indústria de calçados de Birigui conseguiu recuperar boa parte dos empregos perdidos durante o momento mais rígido da quarentena, imposta devido à pandemia do novo coronavírus.

Segundo informações do SINBI, o Sindicato das Indústrias de Birigui, foram recuperados cerca de 85% dos postos de trabalho.

Com a pandemia, foram perdidos aproximadamente 10.800 vagas de emprego na indústria, já que boa parte delas tiveram de fechar as suas portas a partir do mês de abril. A partir de julho, já no segundo semestre, com a retomada das atividades em maior escala, mais de 9 mil empregos já foram recuperados pelo setor.

O presidente do SINBI, Renato Ramires, explicou à reportagem da Clube FM 96,3 e do jornal O LIBERAL REGIONAL como ocorreu a recuperação dos postos de trabalho, perdidos no primeiro semestre, ao longo do ano.

“Os empregos começaram a ser gerados timidamente no mês de julho, depois em agosto, em setembro com um volume já expressivo, outubro já com um superávit, e no mês de novembro. Dezembro já era esperada uma estabilização na geração de empregos”, explicou Ramires.

Para dezembro, a aposta da indústria é na exportação. O presidente do SINBI, Renato Ramires, explica que por ser um mês de muitas vendas para o comércio, a indústria não tem o tempo necessário para produção para venda ainda neste Natal, e por isso está focando nas exportações, aproveitando a alta do dólar, que estava na casa dos R$ 5,07 nesta quinta-feira.

“No mês de dezembro, as lojas focam em vender, então todo o seu time vai pra frente pra venda. Nós da indústria não temos como entregar um pedido, por exemplo, no norte, nordeste, produzindo em dezembro, pela distância e pela logística. Então as nossas indústrias se voltam ao mercado externo, a produzir as exportações. Com o dólar favorável, isso acontece na maioria das empresas em Birigui”, explica Ramires.

O presidente da entidade explica que o foco nas exportações já vem desde o início do segundo semestre, quando foi formado um grupo de empresas para vendas no exterior. Ele acredita que esta união salvou o ano da indústria biriguiense no geral.

“Birigui produz um calçado de qualidade, que ninguém tem, então nós começamos a trabalhar nessa esfera de criar um grupo de empresas para trabalharmos unidos em uma marca conjunta, e esse grupo tem como mentor um grande especialista na área de exportação, além de diversas entidades como Sebrae, Senai, dentro outras, tudo através de união. O que podemos dizer sobre esse segundo semestre e sobre o ano de 2020 é que a união fez a diferença”, disse Renato Ramires, afirmando também que muitos dos negócios que seriam fechados somente em janeiro já foram antecipados por este grupo.

Projeção

Ao falar sobre 2020, Ramires afirmou que os resultados da indústria acabaram não sendo os mais aguardados, justamente pelo período de pandemia, porém a alta na produção no segundo semestre deixa um ar de esperança para o ano que vem.

“2020 foi um ano de percas, mesmo com o crescimento mês a mês não fechamos com os números planejados, mas o crescimento do segundo semestre fez com que os empresários olhassem de forma promissora para o cenário do calçado em 2021”, projeta.

Para a geração de mais postos de trabalho, o presidente do SINBI condiciona um crescimento sustentável a uma melhora no quadro de saúde pública, o que provocaria uma estabilidade maior na economia e projeções mais sólidas para os empresários do setor calçadista de Birigui.

“Claro que tudo depende do cenário em relação à pandemia, em relação ao que nós esperamos, uma vacina eficiente, para que a nossa economia volte a ter essa curva de crescimento apresentada nos últimos meses, com a geração de mais postos de trabalho”, completou.

Foto: SINBI

Crédito: Divulgação

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