A Polícia Civil de Jales desmantelou uma associação criminosa que agia na região de Araçatuba e é suspeita de aplicar diversos golpes, principalmente em comerciantes. O prejuízo pode ultrapassar os R$ 300 mil. Três pessoas foram presas na manhã de quinta-feira (04) nas cidades de Araçatuba, Birigui e Bertioga, litoral paulista.
Os trabalhos começaram bem cedo, por volta das seis horas da manhã. No total, 11 policiais civis de Jales participaram da operação denominada ‘Bom de Bico’, em alusão a um pássaro, já que sobrenome do líder da organização criminosa faz referência à ave.
Os policiais se dividiram em três equipes. A primeira cumpriu um mandado de prisão temporária na casa de um suspeito de 22 anos de idade, identificado pelas iniciais I.F., em Araçatuba. O rapaz foi levado até a Central de Flagrantes do município até que o outro preso chegasse.
O irmão do jovem, identificado pelas iniciais H.F., que atualmente mora em Bertioga, no litoral paulista, também foi preso na operação. Segundo as investigações, eles agiam juntos. O terceiro preso foi o líder do bando, identificado como P.J.P., de 53 anos. Ele, inclusive já foi preso em outras ocasiões por aplicar golpes na região. A prisão do investigado ocorreu em Birigui.
Os presos foram encaminhados para a delegacia de Jales. Lá, eles foram ouvidos e depois transferidos para as cadeias públicas de Santa Fé do Sul e Guarani D’Oeste.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com o delegado responsável pela operação, Sebastião Biazi, as investigações começaram há quatro meses quando um golpe foi aplicado em Jales. A partir de então, as equipes começaram a reunir provas e conseguiram chegar até os estelionatários.
Segundo a polícia, os suspeitos utilizavam documentos falsos e abriam empresas de fachada, se passando por fazendeiros ou produtores rurais. “Os alvos eram, principalmente, comerciantes. Os bandidos utilizavam o CNPJ falso e compravam insumos agrícolas e até mesmo combustíveis. Eles escolhiam a forma de boleto para o pagamento. Os comerciantes, claro, consultavam a documentação, não constatavam nada de errado e faziam a venda. Os criminosos pegavam os produtos e sumiam, sem deixar rastros”, informou o delegado.
O prejuízo pode ultrapassar os R$ 300 mil, já que mais de 30 vítimas foram lesionadas pelos estelionatários. Com as prisões, a polícia espera que outras pessoas façam denúncias, já que o grupo agia em toda a região noroeste do estado de São Paulo. Os suspeitos vão responder por estelionato e associação criminosa e podem pegar até 12 anos de prisão. A prisão é válida por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.