VITOR MORETTI – ARAÇATUBA
A Justiça de Araçatuba adiou para o ano que vem o julgamento de Laire Antônio Neves Feltrin, acusado de ter atirado e assassinado o casal Egídio Ribeiro e Clarice Miranda Ribeiro no dia cinco de outubro de 2014, na rua Aparecido Romano, no bairro Jussara. O réu é o único que ainda não foi julgado pelo crime. O júri iria acontecer no dia 27 de novembro.
Segundo informações apuradas pela reportagem do jornal O LIBERAL REGIONAL, a defesa solicitou para que um perito fosse ouvido no dia do julgamento, mas ele não teria disponibilidade na data marcada. Houve a alegação de que a oitiva seria imprescindível. Por esse motivo, o juiz determinou o adiamento e remarcou o julgamento para o dia 15 de janeiro de 2020.
Em março deste ano, o tribunal decidiu que o réu deveria ir a júri popular. O mandante da ação, Carlos Alberto Sales já foi condenado a 35 anos de prisão. Já Emerson Ferreira de Brito, que levou o atirador até a casa das vítimas, foi condenado a 32 anos de reclusão.
ASSASSINATOS
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os assassinatos do casal ocorreram por volta das 20h10 daquele dia. Segundo apurado, o filho das vítimas conviveu em união estável com a filha de Carlos Alberto por determinado período de tempo. Acontece que o relacionamento deles chegou ao fim, mas o rapaz não aceitava o término e constantemente perturbava a mulher.
Três meses antes do crime ser cometido, o filho do casal assassinado teve uma discussão com Carlos Alberto. Em razão disso, o condenado decidiu matá-lo com a ajuda do outros dois réus, amigos dele na época.
Ainda segundo o MP, Emerson e Laire estavam em uma VW/Saveiro branca. O primeiro dirigia o veículo e o segundo segurava a arma de fogo. Ao chegarem até o endereço, eles encontraram o alvo sentado na calçada, mas este conseguiu correr para os fundos do imóvel.
Laire encontrou, primeiro, o pai do rapaz, apontou a arma a ele e disparou um único tiro contra seu abdômen, o que causou a morte. Já Clarice estava no banheiro e contra ele foram feitos quatro disparos. Após os assassinatos, a dupla fugiu. O filho das vítimas acionou a Polícia Militar e o Resgate.
Minutos depois da ação, as equipes policiais conseguiram deter Emerson escondido debaixo de uma mesa. Naquele dia, Laire não havia sido localizado. As prisões dele e do mandante do homicídio ocorreram meses depois.