A Segunda Região Administrativa Judiciária (2ª RAJ), com sede em Araçatuba, foi destaque em uma publicação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no Diário da Justiça Eletrônico de quarta-feira (30).
São 1.400 servidores e 60 juízes, responsáveis por 500 mil processos, distribuídos em quatro circunscrições judiciárias do noroeste do estado. Além disso, a 2ª RAJ é responsável pela gestão de 47 prédios localizados em 20 comarcas.
Mas o aprimoramento da rede de suprimentos e uma maior autonomia financeira são avanços recentes. “Isso porque os administradores prediais passaram a atuar como gestores das compras e a receber os materiais de consumo diretamente nos fóruns, com os pedidos sendo feitos em portais de comércio eletrônico de atuação local”, destacou a publicação.
O diretor da 2ª RAJ, o juiz de direito Emerson Sumariva Júnior, reforça que a autonomia financeira possibilitou o atendimento mais ágil das demandas dos fóruns.
“Muitas das reivindicações foram analisadas, verificadas e atendidas de forma pessoal pelos servidores, melhorando a eficiência na prestação do serviço. Agora estamos fortalecendo nossa autonomia para viabilizar em âmbito regional mais reformas nos prédios”, revelou.
Inclusive já foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico a Instrução Normativa de número 1/18, que autoriza os juízes das RAJs a aprovarem obras pontuais dos fóruns. A meta é ampliar a autonomia regional para reduzir o tempo de atendimento às solicitações de pequenas reformas.
DIRETOR
Além de ser diretor da 2ª RAJ, Emerson Sumariva Júnior também é juiz da 3ª Vara Criminal de Araçatuba e professor universitário. Foi justamente a comunicação que entrou em sua vida de maneira exemplar, na figura de seu pai, fundador de duas rádios e três jornais nos 57 anos de carreira jornalística.
Ao ser perguntado, na publicação da Justiça Estadual, por alguma ação “singular” da 2ª RAJ, lembrou-se da decisão do colega Wellington José Prates, da 2ª Criminal de Araçatuba que, em um processo sobre assaltos seguidos de tentativa de morte em 2001, valeu-se de seus conhecimentos de pescaria para derrubar o álibi de um dos réus.
O acusado declarou em juízo que, por ocasião dos roubos, estava pescando tucunarés sobre a ponte do rio Tietê, em Araçatuba, com isca de coração de frango. Conhecedor da matéria, o juiz explicou na sentença o porquê da versão ser inverossímil. “Não se pesca tucunarés sobre qualquer ponte, mas apenas com o barco em movimento, menos ainda utilizando-se de coração de frango como isca, mas tão somente pequenos peixes vivos ou até iscas artificiais.”
O caso, à época, foi noticiado nos principais veículos da imprensa nacional e também internacional.