A Justiça de Araçatuba arbitrou fiança para 31 pessoas presas em flagrante na segunda-feira (24) durante a Operação Gato de Botas 2, que investigou diversos furtos de energia elétrica em estabelecimentos comerciais e residências de várias cidades da região.
As audiências aconteceram ontem de manhã (25) e foram presididas pelos magistrados Sérgio Ricardo Biela e Pedro de Pretto. O juiz Emerson Sumariva Junior, corregedor da Polícia Judiciária, cuidou a logística das audiências junto com o delegado Marcelo Curi.
De acordo com Emerson Sumariva Junior, dos 47 presos que foram presos ontem, 38 ficaram na Área de Custódia de Araçatuba.
“Sete flagrantes foram relaxados e 31 flagrantes foram convertidos em fiança, sendo 30 no valor de R$ 1 mil e um preso no valor de R$ 800,00”, informou o magistrado.
O número de pessoas que passaram por audiência de custódia no Fórum da cidade bateu recorde ontem.
Quem pagou a fiança, vai poder responder pelo crime em liberdade. Já quem não pagar o valor estipulado, segue preso até a conclusão das investigações.
A OPERAÇÃO
A Operação foi desencadeada após semanas de investigações apontando a prática do furto de energia elétrica em centenas de estabelecimentos comerciais e casas de Araçatuba, Birigui, Guararapes, Penápolis, Valparaíso, Lins, Avanhandava e outras cidades da região.
Ao todo, 229 mandados de busca foram cumpridos e mais de 50 pessoas foram presas. Três eletricistas apontados como ‘cabeças’ do esquema estão presos. Na casa de um deles, em Lins, a polícia apreendeu R$ 210 mil em dinheiro.
De acordo com a polícia, para fechar o serviço, os eletricistas cobravam 15% de toda a economia do estabelecimento ou casa para fazer o serviço. Se uma oficina mecânica, por exemplo, conseguia economizar R$ 4 mil por mês com o ‘gato’ de energia instalado, 15% desse valor era pago ao eletricista.
Eles conseguiam alterar os relógios que medem o consumo de energia de várias formas. O nome da operação foi escolhido porque ‘gato’ é o termo usado para o desvio de reder de energia, água ou sinal de internet e TV.
O uso do termo ‘botas’ foi escolhido porque os eletricistas usam botas para isolar a eletricidade enquanto estão trabalhando.
KAIO ESTEVES – Araçatuba