DIEGO FERNANDES – PENÁPOLIS
O município de Penápolis contará com 6 candidatos a prefeito nas eleições municipais que ocorrem no próximo dia 15 de novembro. O número ainda pode sofrer alterações, já que a Justiça Eleitoral precisa aprovar o registro das candidaturas, além da possibilidade de haver desistências. Caso o número se confirme, a eleição em 2020 terá um candidato a mais em relação à disputa em 2016.
Um dos candidatos à prefeitura de Penápolis foi eleito prefeito em 2016 em Valparaíso. O médico Roni Ferrareze exerceu o cargo na cidade, após ter sido eleito pelo PV, por pouco mais de 1 ano e acabou sendo cassado pela Câmara Municipal em fevereiro de 2018, após uma denúncia feita pelo ex-secretário de indústria e comércio de Valparaíso, Edson Jardim Rosa, onde o ex-membro do governo anexou um áudio em que afirmava ter sido convidado por Ferrareze para fazer parte de um suposto esquema de fraudes em licitações, com divisão de lucros obtidos.
Na época, a Câmara de Valparaíso cassou Roni Ferrareze por oito votos favoráveis e três contrários. Em novembro de 2019, a Justiça determinou a anulação da sessão legislativa e a volta de Roni ao cargo de prefeito. Ele, porém, pediu licença do posto e não chegou a reassumir a prefeitura, até que no dia 31 de março deste ano, ele renunciou ao cargo, sob a justificativa de atuar como médico e ajudar no combate à pandemia de covid-19.
Na última terça-feira, em convenção do PSB, o nome de Roni Ferrareze foi confirmado como candidato à prefeitura de Penápolis, cidade onde mantém domicílio atualmente. Seu vice será o gerente empresarial Jorge Luiz Matiusso.
Na justifica da escolha do nome, o presidente do partido em Penápolis, Durval Leite Neto, conhecido como Tuca, afirmou que os principais pilares da campanha serão a saúde, da qual Ferrareze entenderia bem por ser médico atuante na cidade, e o emprego. “Estes temas são frequentes na sociedade. O Roni sabe todas as dificuldades que a cidade têm enfrentado”, justificou o presidente do partido, que ainda aguarda os trâmites legais para o registro da candidatura.
Outros candidatos
Além de Roni Ferrareze, pelo PSB, Penápolis terá outros cinco candidatos. Um deles é o atual vice-prefeito do município, Carlos Alberto Feltrin (MDB), que terá como vice Benone Queiroz Júnior (PSDB), que já foi vice-prefeito entre 2001 e 2004 na administração de Firmino Ribeiro Sampaio, que havia sido vice do pai de Benone nos anos 90.
A chapa terá o apoio da atual administração e conta com uma aliança que terá, além de MDB e PSDB, partidos como o Solidariedade, o Cidadania e o Democratas.
O vereador Rubens de Medici Bertolini (Republicanos) também teve a candidatura confirmada pelo partido e terá como vice o advogado Flávio Medeiros Eid. Bertolini assumiu de forma interina a prefeitura de Penápolis nos primeiros cinco meses de 2017, quando a candidatura do atual prefeito Célio de Oliveira (sem partido) estava sendo julgada.
Na coligação entre PSD, Avante e Podemos, o nome definido para a disputa eleitoral foi o de Caíque Rossi (PSD), que também disputou as eleições em 2016, tendo ficado em segundo lugar com 7.232 votos, quase 10 mil votos a menos que o vencedor, Célio de Oliveira. Sua vice será a médica Mirella Fink (Podemos).
Já o PT, em aliança com o Movimento 65, lançou o nome do empresário Kadú Domingues, que terá como vice o médico Zeca Monteiro. A candidatura contará com o apoio do ex-prefeito João Luís dos Santos, que está com seus direitos políticos suspensos pela Justiça por improbidade administrativa por uma contratação de serviços de ultrassonografia sem licitação. João Luís foi chefe do executivo penapolense em 2005 e 2012.