DA REDAÇÃO – ARAÇATUBA
O secretário de Planejamento Urbano e Mobilidade Urbana de Araçatuba, Tadeu Consoni, acredita que os pequenos e grandes acidentes que ocorrem na Avenida da Saudade, como o do último sábado (11), que matou o motociclista Fernando Ikeda Piona, de 45 anos, só serão diminuídos com a conscientização da população araçatubense de manter a segurança no trânsito.
Em matéria publicada na edição de ontem do jornal O LIBERAL REGIONAL, pessoas que transitam com frequência pela Avenida Saudade disseram que a construção de um obstáculo físico próximo ao cruzamento com a Rua Chiquita Fernandes ou até mesmo mais de um obstáculo poderia forças motoristas a reduzir a velocidade, já que no trecho de aproximadamente 1km entre o início da Avenida, na Rua Cussy de Almeida, e a rotatória com a Avenida Pompeu de Toledo, há apenas com 1 semáforo, na esquina da Rua Cristiano Olsen, e uma lombofaixa, localizada em frente à um colégio particular, logo após o cemitério da Saudade.
Em conversa com a reportagem de O LIBERAL REGIONAL, o titular da pasta afirmou que nas madrugadas muitos condutores andam com a velocidade alta. “Quem anda na madrugada, a maioria anda com velocidade alta independente de redutor de velocidade, o povo tem que andar mais devagar”, disse ele, lembrando que já há o projeto para a instalação de lombadas eletrônicas em pontos onde ocorrem muitos acidentes no município.
Segundo o secretário, as lombadas físicas não resolvem o problema. “Na verdade ela pode funcionar até como um dispositivo que vai ocasionar acidentes até maiores. E para colocar essas lombadas, tem que atender a normativa do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), porque se ela for colocada em um lugar irregularmente, a pessoa que colocou responde caso haja algum acidente. Então, a população nossa tem que se conscientizar da segurança no trânsito, andar devagar à noite, senão não tem jeito”, afirmou.
Mesmo com o projeto em andamento para a instalação de lombadas eletrônicas, que funcionam como radares estáticos e identificam o motorista que passa por ela acima do limite de velocidade permitida, ocasionando uma multa posterior, Tadeu Consoni acredita que o problema pode seguir ocorrendo. “Se a pessoa não se conscientizar de que ela precisa reduzir a velocidade, você vai precisar ter uma (lombada) a cada 100 metros, porque se a pessoa passa por uma ela já dispara de novo”, disse.
De acordo com Consoni, o trabalho de conscientização no trânsito já é feito e precisa ser intensificado nas escolas. “O número de veículos de Araçatuba aumenta, mas a nossa malha viária não. É um sistema radial complexo, onde tudo se dirige para o Centro. Hoje nós temos mais 170 mil veículos e 60% disso aí dirige ao mesmo tempo pela cidade, então todo mundo tem que andar mais devagar”, concluiu.