Sem o chamado “centrão”, o projeto da Reforma da Previdência, do presidente Jair Bolsonaro, não será aprovado. O entendimento é da líder governista no Congresso Nacional, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).
Durante sua visita a Araçatuba, sábado passado, para realizar mais uma edição da Caravana da Reforma da Previdência, a parlamentar disse que pretende fazer um pacto com bloco partidário que tem legendas como PSDB, PSD, PR e PTB. “Estamos conversando com todos esses parlamentares”, afirmou ela. “Sem eles, não aprovamos.”
Para chegar a esse entendimento, afirma a parlamentar do partido do presidente, “basta fazer as contas”. Ela afirma que já tem garantido o apoio do PSL e do Partido Novo, sem considerar a oposição, formada por PT, PCdoB e outros partidos de esquerda. “Daí, sobra o, um pouquinho mais aliado à direita e um pouquinho mais aliado à esquerda. Então, agente tem que conversar com o centro, fazer um pacto”, defendeu.
Em entrevista publicada ontem em O LIBERAL REGIONAL, ela disse que já tem garantido também o apoio do PSDB e do PSD. Entretanto, ela ironizou a definição da palavra “centrão”, criada no jargão político para se referir aos partidos de centro. “Acho engraçado esse negócio de centrão, porque foi um termo usado lá atrás, quando os deputados elegeram o Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara, que foi cassado). Como é que fica o resto da Câmara, então? Tem fundão e frentão também? Porque eu vou inaugurar”, questionou a deputada.
SEM PLANO B
Para ela, não há “plano B” nem se não fizer a reforma. “Daí, o país quebra e é fazer as malas e cair fora do Brasil. É a previdência ou a previdência”, finalizou.
ARNON GOMES
Araçatuba