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Hospital da Mulher não vai realizar partos até outubro

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A partir de hoje, às 19 horas, o Hospital da Municipal da Mulher, em Araçatuba, deixará de realizar partos pelo período de um mês. O prazo dado pela Secretaria Municipal da Saúde para que o serviço volte a ser realizado no local é o dia 6 de outubro. Neste período as gestantes terão os partos realizados na Santa Casa de Araçatuba e deverão procurar o Pronto Socorro existente no local para qualquer atendimento relacionado à gravidez. O motivo da transferência é uma adequação que será realizada no prédio, já que desde 2015 há uma notificação da Vigilância Sanitária para melhorias no local, sem as quais o HMM não recebe o laudo de funcionamento da própria Vigilância e nem o AVCB, alvará do Corpo de Bombeiros. Os serviços de mamografia e do banco de leite seguirão sendo oferecidos normalmente neste período.

A Secretária de Saúde de Araçatuba, Carmem Silva Guariente, explica que as gestantes do município atendidas pelo HMM não serão prejudicadas. “É só procurar o Pronto Socorro da Santa Casa com a carteirinha de gestante que, durante este período de um mês, terá todo o atendimento lá, desde uma observação, medicação, até o próprio parto em si. Precisamos fazer estas adequações no nosso prédio para regularizar o trabalho por lá junto à Vigilância Sanitária e ao Corpo de Bombeiros” explica a titular da pasta da saúde do município.

Segundo Carmem Guariente, assim que o Hospital da Mulher retomar os atendimentos às gestantes normalmente, ele já estará sob cuidados de uma nova Organização Social. Já está em andamento uma licitação para a contratação de uma nova OS para a gerência dos trabalhos no local. A abertura dos envelopes está prevista para ocorrer no próximo dia 18 de setembro, como explicou a secretária de saúde de Araçatuba. “Teremos uma nova entidade gerenciadora, com um novo termo de trabalho, no qual nós priorizamos o parto normal e sua qualidade de acordo com as diretrizes do SUS. Teremos também serviços que não havia no hospital, como por exemplo o serviço laboratorial, ultrassom para toda a rede, além disso triplicaremos o número de cirurgias eletivas, como vasectomia, por exemplo, que é uma demanda importante no município”, afirmou Carmem Guariente.

Até então, a OS que geria o HMM era a Associação das Senhoras Cristãs de Araçatuba, responsável pela contratação e gerência da equipe de atendimento do local. Segundo a pasta, seis Organizações Sociais visitaram o hospital antes da licitação, fazendo com a que a expectativa da secretaria sobre o número de interessados na gerência do hospital seja grande.

FINANÇAS DO HOSPITAL EM DIA
O Hospital da Mulher, que chegou a ter o seu fechamento anunciado em dezembro de 2015 por falta de recursos financeiros, vive uma situação tranquila quanto às suas finanças. É o que garante a Secretária Carmen Guariente, que citou que o orçamento para este ano é, em sua maioria, de verba do próprio município. “Foram realizados todos os repasses previstos no nosso orçamento para este ano. Temos verbas do governo federal, mas a maior parte dos recursos é do próprio município”, explicou.

Atualmente, o Hospital da Mulher consome mensalmente R$ 1,2 mi, sendo que R$ 500 mil são relacionamentos ao pagamento da atual Organização Social gestora do local. O trabalho é realizado no momento em gestão mista, com parte dos funcionários da prefeitura e a OS cuidando dos serviços médicos e de limpeza. Pelo novo contrato com a OS vencedora da licitação, a partir de outubro todo o hospital estará sob gerência da Organização Social, incluindo funcionários, materiais, medicamentos, infraestrutura, manutenção, dentre outros. Mesmo oferecendo mais serviços e gerindo todos os trabalhos, a prefeitura planeja diminuir os custos mensais do Hospital em, pelo menos, R$ 200 mil mensais. Segundo a proposta de valor da licitação, os serviços do HMM terão de ser cumpridos pela nova gestora por menos de R$ 1 mi por mês.

De acordo com a secretaria, neste mês de atendimento das gestantes na Santa Casa, o município arcará com um custo de R$ 400 mil reais, entre partos e atendimentos de urgência e emergência das mulheres nesta condição.

FUNCIONÁRIOS SERÃO TRANSFERIDOS
Carmem explica que foi feito o cálculo pela secretaria e que esta melhoria e ampliação no atendimento combinada com a diminuição dos custos é possível. Segundo a secretária de saúde, os funcionários do HMM afetados com a mudança serão transferidos para outros locais. “Fizemos todos os cálculos necessários e é bem possível. Inclusive já conversamos com os funcionários, que são cerca de 40 pessoas atualmente, e eles serão utilizados em outras áreas que nós precisamos. Eles terão a preferência de sugerir para quais unidades gostariam de ser transferidos dentro das nossas necessidades. Mas neste mês em que os partos estarão sendo realizados na Santa Casa, todos serão deslocados para o Pronto Socorro Municipal e para o Pronto Atendimento do Bairro São João”, concluiu a secretária.

Antônio Crispim

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