Voluntários ajudaram a melhorar a tarde de 50 pacientes em tratamento de hemodiálise no Hospital do Rim da Santa Casa de Araçatuba, na última sexta-feira.
Um grupo formado por 13 funcionários da Empresas Reunidas Paulista de Transporte cantaram, tocaram e distribuiram lanches para os pacientes, além de doar 800 fraldas para serem distribuídas a pacientes de diversas alas de internação da Santa Casa.
As fraldas foram arrecadadas através de um bingo realizado entre os colaboradores da empresa. “Escolhemos o Hospital do Rim para fazer essa ação para chamar a atenção das pessoas para o trabalho realizado na unidade e para a luta desses pacientes”, explica Rosana Fava Marinho, gerente de recursos humanos da Empresas Reunidas.
Para Laisa Esgalha, auxiliar administrativa da empresa, participar de ações como essa muda o jeito de olhar a própria vida. “Reclamamos dos nossos problemas, mas vemos que eles são pequenos se comparados à realidade dessas pessoas que estão lutando pela vida aqui”.
REFERÊNCIA NO TRATAMENTO
O hospital foi inaugurado em 2014 e atende 250 pacientes que realizam sessões de hemodiálise três vezes por semana, em 50 máquinas.
Considerado o mais avançado centro de tratamento de doenças renais crônicas do extremo oeste paulista, conta com ambulatório de nefrologia e atende também 30 pacientes em diálise peritoneal (feita em casa).
Cada turno tem quatro horas de tratamento para cada paciente. Segundo a médica plantonista do Hospital do Rim, Daielli Cristina Moreno Borges, os pacientes da hemodiálise tiveram os rins paralisados e precisam das máquinas para filtrar o sangue, função que o rim não faz mais.
“É uma terapia de manutenção da vida, se eles ficarem sem a hemodiálise podem morrer num prazo de duas semanas a um mês. Então, eles precisam de carinho e apoio que vêm de ações como essa realizada hoje”, afirma.
Apenas 13% dos pacientes atendidos no hospital estão na lista de espera por um transplante. Os demais ou não podem passar pela cirurgia devido a outros problemas de saúde, ou estão fazendo o cadastramento.
É o caso de Cleide Damazo de Oliveira Bessone, paciente do hospital há 10 meses. Ela conta que há uma década sofre com problemas renais e está fazendo exames para atualizar seu cadastro na fila do transplante.
“Refiz os exames que a médica me pediu para continuar na fila aguardando a cirurgia. Faz tempo que eu aguardo, mas eu tenho esperança de ser curada”.
Karen Mendes