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PPAIS Leite movimenta mais de R$ 5 milhões na economia da região de Andradina

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DA REDAÇÃO – Andradina

Cerca de 180 famílias de produtores rurais que vivem em 22 assentamentos na região de Andradina estão sendo beneficiadas pelo PPAIS Leite, subprograma do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) que visa a estimular a produção leiteira nos locais atendidos pela Fundação Itesp. Por meio do PPAIS Leite, cada família pode vender até R$ 30 mil por ano às unidades compradoras do Estado, portanto esse grupo de beneficiários das políticas públicas paulistas têm o potencial de receber até R$ 5,4 milhões em 2019. Outros produtores podem aumentar esse número ao aderir à iniciativa.
Conforme o coordenador da regional Noroeste do Itesp, Clovis Etto, a fundação tem estimulado a adesão de produtores rurais ao programa. Nesse caso, a equipe do Itesp em Andradina demonstrou à direção da Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados e Pequenos Produtores da Região Noroeste do Estado de São Paulo (Coapar) o potencial do PPAIS Leite. Isso levou a Coapar a participar das chamadas públicas do último quadrimestre de 2018, com um projeto-piloto que entregou mais de 150 mil litros de leite para penitenciárias de Andradina, Lavínia, Mirandópolis, Nova Independência e Valparaíso.
O resultado foi tão positivo que, no primeiro trimestre de 2019, aumentou-se de 6 para 27 unidades compradoras e o volume contratado subiu para cerca de 425 mil litros. Esse aumento de 182% permitiu a inclusão desses 180 produtores no programa até o momento.

Valorização
O valor médio do litro de leite estabelecido pelas unidades compradoras gira em torno de R$ 2,10, mas pode atingir até R$ 3,10, como no caso do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau. A Coapar paga entre R$ 1,40 e R$ 1,50 por litro aos produtores integrados ao programa, conforme o presidente da cooperativa, Lourival Plácido de Paula.
Segundo ele, a Coapar reúne 1.047 produtores de 11 municípios e capta cerca de R$ 1,2 milhão de leite por mês. Ou seja, o volume vendido via PPAIS já representa quase 12% do total da matéria-prima coletada pela organização. O processamento – leite em pó, bebidas lácteas, iogurte, requeijão, queijo, manteiga e leite pasteurizado – é feito em parceria com 4 laticínios de São Paulo e Paraná. Os produtos são vendidos para 40 prefeituras, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), e também para o Exército e lojas específicas.
Para o diretor executivo da Fundação Itesp, Claudemir Peres, o PPAIS Leite beneficia três atores: o produtor, a cooperativa e a unidade compradora. O produtor rural recebe um preço maior pelo leite, sem enfrentar variações drásticas ao longo do ano, o que melhora sua renda e sua capacidade de investimento na atividade. A cooperativa amplia suas possibilidades de venda e a adesão de novos cooperados. E as unidades compradoras cumprem a legislação estadual, que determina a compra de 30% de gêneros alimentícios, incluindo o leite, dos pequenos produtores rurais do Estado de São Paulo, contribuindo para a inclusão social e a permanência das famílias no campo.

Aumento nos lucros
O casal de produtores Edson e Maria Eda de Carvalho, que mora desde 1999 no assentamento Belo Monte, em Andradina, passou a receber cerca de 8% a mais pelos 4,2 mil litros mensais de leite que produzem e são coletados pela Coapar. O motivo é que desde setembro passado o casal passou a integrar o grupo de produtores da região Noroeste que participa do PPAIS Leite.
No mesmo assentamento, as produtoras Edna, do lote 43, e Cristiane Nascimento, do lote 23, respectivamente mãe e filha, começaram a participar do programa na primeira chamada pública de 2019, publicada pelas penitenciárias da região. Segundo Cristiane, que produz cerca de 120 litros de leite por dia, ela recebia cerca de R$ 1,15 pelo litro do leite e hoje recebe R$ 1,46, um aumento que faz diferença no final do mês. Como zeladora do tanque de leite instalado em seu lote, que recebe a produção de mais 5 lotes do assentamento, ela recebe um bônus de R$ 0,06 centavos por litro. Sua mãe, Edna, recebe R$ 1,40 pelo litro, como os demais produtores.
Flávio da Silva e Vânia Ferreira, que moram no assentamento Dois Irmãos, em Murutinga do Sul, produzem cerca de 4 mil litros de leite por mês, o que lhes dá uma renda bruta de R$ 5,6 mil. Para garantir uma maior qualidade do produto, eles compraram um tanque de resfriamento, que recebe a produção de mais 12 famílias.

Produtores de Leite PPAIS 1.jpg

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