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Empresa investigada por pirâmide financeira faz vítima na região

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São promessas tentadoras. Ganhos que podem chegar a 3% ao dia e dobrar o valor investido em até seis meses. Assim, muitas pessoas foram atraídas e colocaram recursos na Unick Academy, um site de investimentos com sede no Rio Grande do Sul. Mas, a empresa é suspeita de operar uma pirâmide financeira e investigada em vários estados do Brasil. Na região, também houve vítimas. É o caso de um operador de produção de 50 anos, morador em Guararapes, que decidiu procurar a delegacia de Araçatuba na tarde de quinta-feira (28) depois de não conseguir sacar mais o dinheiro que havia investido.

A vítima contou em depoimento aos investigadores que desde junho deste ano iniciou o investimento de R$ 20 mil pelo site da Unick Academy. O declarante deveria realizar saques no prazo de até seis meses, conforme a política da empresa, até dobrar o valor do investimento, ou seja, para receber R$ 40 mil. Acontece que o operador tentou, por diversas vezes, realizar saques, porém nunca conseguiu, muito menos receber o valor investido.

A Polícia Civil abriu inquérito para dar andamento às investigações sobre o caso e fez o registro como estelionato.

PRISÕES

Em outubro, a Polícia Federal deflagrou a operação ‘Lamanai’. Dez pessoas ligadas à empresa foram presas. Também houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco estados brasileiros e em um centro de negócios em Belize, país na Costa Leste da América Central. Também foram executadas medidas judiciais cautelares para apreensão de veículos, sequestro de bens e bloqueio de valores em contas correntes.

Segundo a PF, o grupo fica sediado em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, e atua no mercado financeiro paralelo, sem autorização das autoridades competentes, com a captação ilegal de recursos de cerca de um milhão de clientes.

PIRÂMIDE FINANCEIRA

A investigação da Polícia Federal contou com o apoio da Receita Federal. O inquérito foi instaurado em janeiro de 2019 e apurou que os clientes do grupo, como o caso do operador de produção guararapense, eram atraídos pela promessa de retorno de cem por cento sobre o valor investido, no prazo de seis meses.

Toda a estrutura era no formado de ‘pirâmide financeira’, ou seja, os novos investidores subsidiariam os pagamentos de renumeração daqueles que já aplicaram os recursos há mais tempo.      A organização já tinha sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as práticas realizadas, mas mesmo assim continuou atuando.

Na época da operação, a defesa da empresa emitiu uma nota reafirmando o compromisso da organização em colaborar com as autoridades e se comprometendo a prestar todas as informações necessárias sobre suas operações.

“A empresa reafirma seu compromisso com seus clientes e acredita na Justiça e nos esclarecimentos dos fatos”, concluiu a nota.

 

 

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