Desde agosto os acadêmicos Giovane Santos, Lucas Relva e Lucas Marcelino, do curso de Engenharia Agronômica, do Unisalesiano Lins, sob a orientação dos professores Elisete Lima, Harumi Hamamura e Hemerson Calgaro e apoio e parceria da koppert Biological System e orientação técnica de Renan Venancio, estão desenvolvendo um experimento na Fazenda Escola, em estufa tipo arco de 210 metros quadrados, onde foram transplantadas duas variedades de tomate, Solanum lycopersicum L., híbrido Gabryelle (270 unidades) e a variedade híbrida Mascot (170 unidades). O tomateiro é uma planta perene, de porte arbustivo, que se cultiva como anual.
O objetivo do projeto é o manejo integrado de pragas e doenças (MIPD), com o intuito de diminuir as pulverizações de agroquímicos utilizados comumente no cultivo convencional do tomate. A produção integrada visa o manejo da cultura para que as plantas possam expressar sua resistência natural às pragas e patógenos além de proteger os organismos benéficos.
“Nesse sistema, deve-se conciliar diversos métodos de controle, levando-se em consideração o custo de produção e o impacto sobre o ambiente, reduzindo ao máximo o uso de agroquímicos, adotando-se métodos não químicos, privilegiando métodos alternativos tais como feromônios, biopesticidas, erradicação de hospedeiros alternativos, retirada e queima das partes vegetais afetados, uso de armadilhas adesivas, adubação equilibrada, poda e raleio adequados, fatores que desfavorecem o estabelecimento das pragas e patógenos e facilitam o seu controle”, disse o professor Hemerson Calgaro.
Medidas preventivas mais eficientes devem ser implementadas para prevenção de doenças causadas por vírus, adotando-se medidas que evitem a entrada de vetores na área de cultivo, através de sementes, implementos ou pelo próprio homem. Até o momento foram colhidos 150 Kg de tomates de mesa e 38 Kg de tomates cereja, o que vem corroborar que estamos implantando uma forma de cultivo sustentável e rentável.
“O conhecimento dos fatores que predispõem à incidência e o desenvolvimento das doenças, envolvendo os fatores do ambiente, do hospedeiro e do patógeno e de suas relações é fundamental para a tomada de decisão na adoção das medidas de manejo integrado. A integração de medidas que contribuam para a eliminação ou redução dos efeitos danosos das doenças, de forma integrada, favorecerá a preservação dos recursos naturais, da saúde do agricultor e do consumidor”, concluiu a professora Elisete Peixoto, do Unisalesiano.